A tardia chegada de Tite ao comando da
seleção brasileira equaciona minimamente uma enorme injustiça cometida em 2014.
Minimamente porque, antes de qualquer coisa, o ex-treinador corintiano terá a
inglória tarefa de tentar recuperar os dois anos perdidos sob o “comando” de
Dunga (como se já não bastassem as sequelas deixadas pelo desastre Felipão).
Em que pese esse passivo, contudo,
não tenho muitas dúvidas de que, com Tite, o Brasil deverá se classificar sem
maiores sustos para o mundial da Rússia em 2018. Ainda que, vale desde já
registrar, com um futebol que provavelmente decepcionará quem, como eu, acha
que a seleção, enquanto patrimônio cultural de nosso país, deveria sempre ter
como meta jogar um futebol vistoso – e não se preocupar com o resultado, pura e
simplesmente. Mas, reconheço: na atual situação, essa discussão fica em segundo plano.
Nesse sentido, aliás, também é
sempre de bom tom frisar o mais importante: conquanto a correta troca de Dunga
por Tite deva resolver as questões de campo da seleção, no cômputo geral, ela representa
apenas a troca dos burros. A carroça CBF, atolada em seu mar de corrupção e
incompetência, permanece a mesma. E é nela que estão guardados os maiores
problemas do futebol brasileiro.
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