quarta-feira, 15 de junho de 2016

Trocam-se os burros...

A tardia chegada de Tite ao comando da seleção brasileira equaciona minimamente uma enorme injustiça cometida em 2014. Minimamente porque, antes de qualquer coisa, o ex-treinador corintiano terá a inglória tarefa de tentar recuperar os dois anos perdidos sob o “comando” de Dunga (como se já não bastassem as sequelas deixadas pelo desastre Felipão).

Em que pese esse passivo, contudo, não tenho muitas dúvidas de que, com Tite, o Brasil deverá se classificar sem maiores sustos para o mundial da Rússia em 2018. Ainda que, vale desde já registrar, com um futebol que provavelmente decepcionará quem, como eu, acha que a seleção, enquanto patrimônio cultural de nosso país, deveria sempre ter como meta jogar um futebol vistoso – e não se preocupar com o resultado, pura e simplesmente. Mas, reconheço: na atual situação, essa discussão fica em segundo plano.

Nesse sentido, aliás, também é sempre de bom tom frisar o mais importante: conquanto a correta troca de Dunga por Tite deva resolver as questões de campo da seleção, no cômputo geral, ela representa apenas a troca dos burros. A carroça CBF, atolada em seu mar de corrupção e incompetência, permanece a mesma. E é nela que estão guardados os maiores problemas do futebol brasileiro.

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