quinta-feira, 5 de junho de 2014

Um salto para a educação brasileira

Essa semana, uma importante medida foi aprovada pelo congresso brasileiro: a aprovação do Plano Nacional de Educação, o PNE, que estabelece diretrizes e metas para o melhoramento da educação brasileira, em todos os níveis, nos próximos dez anos. Dentre as medidas previstas no PNE, uma das mais importantes, sem dúvida, é a que prevê a destinação, até o final do período de vigência do plano, de 10% dos recursos do PIB para a educação (hoje se investe cerca de 6,5%).

Como se sabe, o problema da educação brasileira, em particular da educação básica e do ensino médio, vai além da questão financeira. Por exemplo, dentre outras medidas, uma reformulação no currículo do ensino médio é indispensável (para não falar da responsabilidade dos pais e mães, mas isso é uma questão para outra oportunidade). Mas, como também é notório, sem dinheiro suficiente é impossível promover o salto de qualidade em nossa educação que todos ansiamos – inclusive como ponto de partida para outras que não dependam tão diretamente de questões financeiras. Desde a melhor remuneração dos professores ao investimento em infra-estrutura nas escolas, inclusive adaptando-as para receber os alunos durante todo o dia (uma das metas mais importantes do PNE é que, até 2024, pelo menos metade das escolas públicas brasileiras funcionem com regime de tempo integral, o que permitiria atender 25% dos alunos), sem um financiamento adequado torna-se proibitivo atingir um padrão satisfatório para nosso ensino.

Por isso, é preciso comemorar. A aprovação do PNE – que agora se encaminha para a sanção da presidenta Dilma – é uma vitória importante da sociedade brasileira. Mas não é o ponto final. Esperamos que, doravante, outros passos sejam dados também no sentido de priorizar a educação de qualidade como verdadeiro passaporte para um país mais justo e democrático.


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