Quando Felipão foi apresentado
como novo técnico da seleção, em novembro passado, escrevi um post em que
desaprovava a escolha (e os métodos e critérios que levavam a ela) (leia aqui). Não
retiro nada do que disse naquele momento. Continuo achando que o futebol
brasileiro como um todo precisa de uma profunda reformulação (inclusive política) e que a escolha
da dupla Felipão/Parreira, deste ponto de vista, configurou um passo atrás.
Mas, não posso deixar de reconhecer que, para minha surpresa, Felipão, em pouco
tempo, conseguiu cumprir seu objetivo inicial e dar uma cara ao time do Brasil,
construindo uma equipe forte e competitiva, disposta a jogar e que soube
conquistar a torcida como há muito não acontecia. O passeio de ontem, diante da
temida Espanha, coroou o bom trabalho de Scolari à frente da seleção neste
último período. A um ano da Copa, podemos dizer, finalmente, que temos um time.
Pode não ser o time dos sonhos de todos, ou o futebol mais belo de se ver
(embora, ontem especificamente, tenhamos dado uma verdadeira aula de futebol). Afinal,
ter um time não significa que ele já esteja pronto. É inegável que ele ainda
precisa evoluir, encontrar alternativas de jogo, acertar algumas peças etc.
Para que isso aconteça, aliás, evitar o oba-oba desse momento é fundamental. No
entanto, ficou claro, após essa Copa das Confederações, que o Brasil voltou a
estar no topo das favoritas a levantar a taça no ano que vem. Se o trabalho
continuar nessa toada, e se nada de extraordinário se passar até lá, esse
status tende a se fortalecer. Méritos de Felipão!
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