terça-feira, 9 de outubro de 2012

O PT, Chávez e Che


O dia 07 de outubro de 2012 foi um dia especial para a luta dos trabalhadores e para as causas populares. No plano nacional, apesar de algumas derrotas importantes como em BH, Recife (para não falar da minha São Carlos, que depois de 12 anos petistas entregou dolorosamente a prefeitura para os tucanos), o PT obteve recorde histórico de votos para prefeito, consolidando seu crescimento constante na última década. Enquanto PDSB, DEM e mesmo o PMDB encolheram, o PT obteve 17, 2 milhões de votos neste ano, contra 16,5 milhões em 2008 (o que representou também um aumento significativo no número de prefeituras comandadas pelo partido, que até aqui somam 624). Isso apesar da campanha permanente contrária da grande mídia e de certos setores da sociedade, que, neste ano, abastecidos com o julgamento do “escândalo do mensalão”, não se cansaram de emitir prognósticos sobre uma suposta derrocada do partido. Mas, o que o impacto nulo que o circo armado pelo STF para condenar os dirigentes petistas às vésperas do primeiro turno das eleições demonstrou, é que o PT não morrerá por decreto de ninguém, porque sua causa é justa, porque o projeto político popular de justiça e igualdade social que o partido representa (apesar de todas as suas contradições) não desaparecerá enquanto não for plenamente realizado.

No plano internacional, a vitória expressiva de Hugo Chávez, na Venezuela, acentuou o caráter histórico desse dia. Afinal, o presidente venezuelano enfrentou uma batalha não apenas contra seu adversário direto, o direitista Henrique Caprilez, e contra os problemas naturais de seu governo, mas também contra a burguesia local, com todo seu poder econômico, político, e midiático; contra a torcida escancarada das burguesias latino-americanas e de seus porta-vozes da grande imprensa (basta notar que o destaque dos jornalões e das TV brasileiras foram a boa votação de Capirlez, jamais a vitória chavista, que para eles nunca teve mérito por nada, mas só ganha porque “controla” o povo e a imprensa); e contra o imperialismo norte-americano. A vitória de Chávez é, como já havia dito no post anterior, a vitória da América Latina livre e progressista, de nossa soberania e de nosso processo de integração calcado na solidariedade e na justiça social.

Aliás, por falar nisso, nesta terça-feira, 09 de outubro, completam-se 45 anos do assassinato de Ernesto “Che” Guevara. Embora esteja longe de ser uma data festiva para a esquerda (na verdade, para toda a humanidade), ela nos lembra da importância da luta e do legado deste homem excepcional, a quem o filósofo francês Jean-Paul Sartre certa vez definiu como "não apenas um intelectual, mas também o homem mais completo de nosso tempo e o ser humano mais perfeito de nossa era". Pois, como bem disse o companheiro Stanley Burburinho no twitter (@stanleyburburinho), “há 45 anos assassinaram Che Guevara, mas não conseguiram matá-lo”. De fato, o sonho de Che por uma América livre, por uma sociedade justa e fraterna, segue vivo. Apesar de todos aqueles que lutam para sufocá-lo. 

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