terça-feira, 18 de outubro de 2011

SPFC: uma nau à deriva

Decidi esperar um pouco para escrever sobre a saída de Adilson Batista e o momento que vive o São Paulo. Em primeiro lugar, porque estou bastante ocupado nestes dias. Em segundo, e mais preocupante para nós torcedores, porque pouco há de novo a se dizer. E o que há, não é muito agradável.

De fato, vale constatar – o leitor pode ver no histórico do blog aqui ao lado – como alguns posts sobre o SPFC se repetem, mudando apenas os nomes do treinador da vez. Que o clube está à deriva há alguns anos, isso não é novidade para ninguém. E a culpa, todos sabem, é do senhor à direita da foto, que conseguiu afundar o bom trabalho que fez em seus primeiros anos de gestão à frente do clube em nome de vaidades pessoais e da perpetuação no poder. O antigo clube “diferenciado” está cada vez mais igual aos outros. Ou pior. O último lance desse movimento foi demitir Adilson Batista ainda nos vestiários de Goiânia, após a derrota para o Atlético/GO. Não que Adilson não merecesse ser demitido. Pelo contrário. Aliás, não deveria sequer ter sido contratado. Mas, a forma como foi dispensado, não me parece digna de um clube que se pretende “moderno”. Até porque, como ficou claro pelas recentes declarações do presidente, a demissão já estava traçada desde antes do jogo. Convocar uma entrevista na segunda-feira e anunciar sua saída, me parece, seria mais digno, inclusive com a pessoa Adilson Batista.

Dentro de campo, o SPFC padece de um mal que o assolou muito no final dos anos 90 e início dos 2000. O time é completamente apático. Ganhe ou perca de 3 X 0, a atitude dos jogadores em campo, salvo raríssimas exceções, é sempre a mesma. Pode-se dizer, sem medo, que é um time amarelão e pipoqueiro, para usar os termos consagrados no futebol. Com as peças que temos, daria para fazer um pouco mais. Pelo menos jogar com um pouco mais de vontade. Mas, a maioria dos jogadores não demonstra nenhum interesse nisso.

Mas, agora, resta ver o que o “jênio” que comanda o SPFC vai aprontar. Quem será o novo técnico, e quais serão os próximos passos do time no Brasileirão e na Sul-americana. Em minha opinião, o melhor seria deixar o Milton Cruz até o final do ano e esperar a movimentação do mercado após o término do Brasileirão. Mas, de qualquer forma, o fato é que um futuro cada vez mais obscuro se avizinha pelos lados do Morumbi.

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