terça-feira, 17 de maio de 2011

SPFC: uma nau à deriva

Realmente, não sou bom de previsões. Ao menos, quando o assunto é futebol. Dia 11 de abril, publiquei um post cujo título era “No caminho certo”. Naquele instante, realmente, parecia que o SPFC estava no caminho certo: entre os primeiros colocados do Paulista, caminhando na Copa do Brasil e com boas perspectivas pela frente. Ledo engano. Pouco mais de um mês depois, tudo mudou. Ou melhor: a verdade veio à tona. O clube mostrou-se completamente sem rumo. Depois de ser eliminado pelo Santos do Paulista sem mostrar nenhuma resistência, e perder a vaga nas semi-finais da Copa do Brasil da forma como perdeu, o São Paulo desandou. A briga de Rivaldo e Carpegiani (para mim, errou primeiro o jogador, no tom das reclamações, embora estivesse correto em seu conteúdo), ao que tudo indicava, era o último capítulo das passagens dos dois no SPFC. Não foi o que aconteceu. Ambos foram mantidos nessa segunda-feira pelo presidente Juvenal Juvêncio – quase como se nada tivesse acontecido –, o mesmo que, dias antes, havia dito com todas as letras que o clube estava a procura de um novo treinador, e que não existia mais clima para a permanência dos envolvidos na polêmica. Isso é que chamo de uma pessoa verdadeiramente convicta...

Não que Carpegiani fosse o único culpado. Mas ficou claro que nosso treinador é péssimo na hora H. Talvez por isso, tenha tão poucos títulos numa carreira de 30 anos, sendo o mais expressivo deles justamente há três décadas: campeão mundial com o Flamengo de Zico, Júnior e cia. Em 1981.

Fato, também, é que nosso elenco é limitadíssimo. Mesmo quando Luis Fabiano estrear, ainda estaremos sem laterais, sem volantes de marcação e sem um meia-armador (Lucas não é esse jogador). Por isso, apenas trocar o treinador, sem corrigir essas graves deficiências do elenco, não resolveria. Mantê-lo nos termos em que foi mantido, depois de ser fritado publicamente, tampouco. Na verdade, o primeiro passo para a solução, para mim, seria trocar toda a diretoria, a começar pelo presidente, que há três anos só dá bola fora. Mas, como isso não vai acontecer, resta aguardar – e torcer para que JJ perceba como esse elenco precisa de reforços. No Brasileiro, que começa no próximo fim de semana, parece que mais uma vez seremos coadjuvantes. Mas, depois das palavras de Rivaldo, da volta do que não foi (Carpegiani), e com JJ insistindo nos próprios erros, fica provado que o SPFC, hoje, é um barco à deriva, sem comandante, e com uma tripulação visivelmente insatisfeita.

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